27 de dez. de 2010

Rede de Educação Cidadã Seleciona  Educador


Fonte:rede-de-educacao-cidada@googlegroups.com 

Goiânia-GO, 14 de dezembro de 2010

A Rede de Educação Cidadã/Talher Nacional é uma articulação de diversos atores sociais, entidades, movimentos e educadores(as) populares do Brasil que assumem solidariamente a missão de realizar um processo sistemático de sensibilização, mobilização e educação popular da população brasileira, principalmente das famílias em condições de vulnerabilidade social, promovendo o diálogo e a participação ativa na perspectiva da superação da miséria, afirmando um projeto popular, democrático e soberano de nação.

Com o propósito de fortalecer estas ações, a Rede de Educação Cidadã no Estado de Goiás está selecionando 02 (dois) educadores/as para compor o quadro de educadores/as contratados/as, no período de janeiro de 2011 a abril do mesmo ano, com possibilidade de renovação por mais um ano, a depender da avaliação do desempenho, a partir do novo projeto junto ao CAMP.

Apresentamos a seguir o perfil e habilidades desejadas, bem como as atividades a serem desempenhadas:

I - Perfil desejado:
Ø  Compromisso com os princípios e valores da Recid, expressos em seu Projeto Político Pedagógico e com a educação popular freireana;
Ø  Experiência em trabalhos com organizações sociais, comunidades, articulação de entidades e eventos e processos pedagógicos;
Ø  Ter conhecimento e ter participado do trabalho da Recid e das temáticas relacionadas ao Projeto Político Pedagógico;
Ø  Ter a capacidade de dialogar com diversos movimentos e com a diversidade;
Ø  Capacidade de elaboração de textos, de registro e de sistematização das informações e discussões;
Ø  Saber se comunicar bem, boa capacidade de facilitar oficinas, fazer a mediação de conflitos e metodologias participativas;
Ø  Compromisso e capacidade de trabalhar em equipe, iniciativa, dinamismo, criatividade e organização pessoal e coletiva;
Ø  Disponibilidade para desenvolver atividades à noite, finais de semana e viagens;
Ø  Experiência com informática (editor de texto, planilhas, slides e ferramentas da Internet);
Ø  Experiência e vivência em planejamento participativo;
Ø  Gosto pelo estudo e pela formação continuada.

II - Principais atividades a desempenhar:

Ø  Realizar processos de formação de acordo com os princípios e diretrizes do Projeto Político Pedagógico (PPP) da Recid;
Ø  Elaborar, planejar, coordenar, monitorar, avaliar e sistematizar as ações;
Ø  Garantir a realização das ações planejadas coletivamente;
Ø  Participar das reuniões e articulações definidas coletivamente;
Ø  Organizar e participar de momentos de estudo da equipe de educadores(as);
Ø  Construir junto com a equipe os relatórios mensais e a sistematização mensal das atividades;
Ø  Assumir e encaminhar as deliberações estaduais, nacionais e regionais da Recid;
Ø  Realizar regularmente a prestação de contas pública das atividades;
Ø  Implementar, junto à equipe, processos formativos pautados na metodologia de educação Popular freireana;
Ø  Organizar e acompanhar encontros, seminários, oficinas, reuniões e cursos;
Ø  Registrar e elaborar relatórios que sistematizem dados das oficinas, reuniões, encontros e desdobramentos das atividades da Recid.

III - Condições de contratação:

Ø  40 horas semanais distribuídos de acordo com as necessidades;
Ø  O contrato será por prazo determinado de acordo com a vigência do projeto;
Ø  Remuneração: salário bruto R$ 1.660,00 (um mil, seiscentos e sessenta reais) mais vale alimentação.

IV - Etapas da seleção:

1ª - Envio de carta e de currículo até às 18h, do dia 31 de dezembro de 2010, para os e-mails: talhergoias@gmail.com e willian.bonfim@planalto.gov.br; Junto ao currículo o(a) candidato(a) à vaga deverá enviar, anexa, uma carta de intenções na qual explicite o que conhece da Recid do Brasil e em Goiás? O que entende por educação popular e qual importância desta na organização popular? Como avalia a conjuntura atual e as políticas sociais? E por que se candidata à vaga?
2ª - Reunião da equipe de seleção (composta pelo acompanhador ao estado de Goiás do TN, 1 representante da Entidade Âncora e 3 representantes da Coordenação Executiva da Recid/GO, indicados pela sociedade civil) para análise de currículos;
3ª - Divulgação dos resultados.

V– Calendário:
1 – Recebimento de currículos até às 18h do dia 31 de dezembro de 2010;
2 – Reunião da Equipe de Seleção para análise e escolha dos(as) educadores(as) – 05 e 06 de janeiro de 2011 (Obs.: caso julgar necessário, a Comissão de Seleção se reserva o direito de convocar os candidatos à entrevistas);
3 - Contato com os selecionados e divulgação dos resultados: 10 de janeiro de 2011.
4 – A contratação será após a publicação do aditivo no Diário Oficial da União

            Atenciosamente,

Equipe de Seleção  - Recid Goiás

Posse de Dilma Rousseff tem 30 autoridades internacionais confirmadas

No próximo sábado (1º), cerca de 20 mil pessoas devem acompanhar a cerimônia de posse da presidenta eleita, Dilma Rousseff. Para garantir que tudo corra bem, foi realizado neste domingo (26) o último ensaio antes do evento, promovido pelo cerimonial do Itamaraty. Segundo o chefe do cerimonial, embaixador George Prata, o objetivo é fazer um “ajuste fino” para que não ocorram problemas.
Para que o ensaio fosse feito, o trânsito foi interrompido na Esplanada dos Ministérios. A cerimônia de posse está prevista para começar às 14h10, em frente a Catedral Metropolitana de Brasília. Dilma seguirá em direção ao Congresso Nacional dentro do Rolls-Royce presidencial. O carro já foi usado no ensaio desta tarde, entretanto, no lugar da presidenta eleita, estava a funcionária do Senado Juliana Rabelo.
O carro presidencial será acompanhado por batedores motorizados e agentes da Polícia Federal. De acordo com Prata, foram ensaiadas duas chegadas ao Congresso Nacional, onde ocorrerá o juramento à Constituição. Caso o tempo esteja ensolarado, Dilma entrará com o carro aberto e subirá pela rampa principal, no entanto, se houver chuva, ela entrará com o carro fechado pela chapelaria.
Após o Congresso, Dilma seguirá para o Palácio do Planalto para receber a faixa presidencial e discursar. “Tudo isso vai variar de acordo com o tempo. Ensaiamos as duas versões. Caso chova, ela não subirá pela rampa do Palácio do Planalto e fará o discurso dentro do palácio. A presidenta também adiantou que prefere ir sozinha no carro presidencial”, afirmou o embaixador.
Cerca de 1,3 mil homens das Forças Armadas vão fazer a segurança da cerimônia. Segundo o coronel do Comando do Planalto, Carlos José Penteado, as três forças armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica - estão envolvidas. “Estamos nos preparando há mais de seis meses. Este é o momento de levantarmos os problemas e corrigi-los”.
Depois da cerimônia no Palácio do Planalto, Dilma recepcionará chefes de Estado, ministros e outras autoridades em um coquetel no Itamaraty. A previsão é que o evento termine às 21h. Segundo o chefe do cerimonial do Itamaraty, até o momento 30 autoridades internacionais, sendo 12 chefes de estado estão confirmados para a cerimônia.
“Estão confirmados os chefes de Estado da Bolívia, Venezuela, Colômbia, Peru, Uruguai, Paraguai, Suriname e Chile. A delegação da Argentina ainda não confirmou. Também devem vir o primeiro ministro da Coreia do Sul, o príncipe das Astúrias e a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton”, disse. Agencia Brasil,26/12/2010 19h01, Postado por Kelly Girão
Crise neoliberal e sofrimento humano

Leonardo Boff *
Fonte site da Adital - http://www.adital.com.br

O balanço que faço de 2010 vai ser diferente. Enfatizo um dado pouco referido nas análises: o imenso sofrimento humano, a desestruturação subjetiva especialmente dos assalariados, devido à reorganização econômico-financeira mundial.
Há muito que se operou a "grande transformação" (Polaniy), colocando a economia como o eixo articulador de toda a vida social, subordinando a política e anulando a ética. Quando a economia entra em crise, como sucede atualmente, tudo é sacrificado para salvá-la. Penaliza-se toda a sociedade como na Grécia, na Irlanda, em Portugal, na Espanha e mesmo dos USA em nome do saneamento da economia. O que deveria ser meio transforma-se num fim em si mesmo.
Colocado em situação de crise, o sistema neoliberal tende a radicalizar sua lógica e a explorar mais ainda a força de trabalho. Ao invés de mudar de rumo, faz mais do mesmo, colocando pesada cruz sobre as costas dos trabalhadores. Não se trata daquilo relativamente já estudado do "assédio moral", vale dizer, das humilhações persistentes e prolongadas de trabalhadores e trabalhadoras para subordiná-los, amedrontá-los e, por fim, levá-los a deixar o trabalho. O sofrimento agora é mais generalizado e difuso afetando, ora mais ora menos, o conjunto dos países centrais. Trata-se de uma espécie de "mal-estar da globalização" em processo de erosão humanística.
Ele se expressa por grave depressão coletiva, destruição do horizonte da esperança, perda da alegria de viver, vontade de sumir do mapa e até, em muitos, de tirar a própria vida. Por causa da crise, as empresas e seus gestores levam a competitividade até a um limite extremo, estipulam metas quase inalcançáveis, infundindo nos trabalhadores, angústias, medo e, não raro, síndrome de pânico. Cobra-se tudo deles: entrega incondicional e plena disponibilidade, dilacerando sua subjetividade e destruindo as relações familiares. Estima-se que no Brasil cerca de 15 milhões de pessoas sofram este tipo de depressão, ligada às sobrecargas do trabalho.
A pesquisadora Margarida Barreto, médica especialista em saúde do trabalho, observou que no ano passado, numa pesquisa ouvindo 400 pessoas, que cerca de um quarto delas teve ideias suicidas por causa da excessiva cobrança no trabalho. Continua ela: "é preciso ver a tentativa de tirar a própria vida como uma grande denúncia às condições de trabalho impostas pelo neoliberalismo nas últimas décadas". Especialmente são afetados os bancários do setor financeiro, altamente especulativo e orientado para a maximalização dos lucros. Uma pesquisa de 2009 feita pelo professor Marcelo Augusto Finazzi Santos, da Universidade de Brasília, apurou que entre 1996 a 2005, a cada 20 dias, um bancário se suicidava, por causa das pressões por metas, excesso de tarefas e pavor do desemprego. Os gestores atuais mostram-se insensíveis ao sofrimento de seus funcionários, acrescentando-lhes ainda mais sofrimento.
A Organização Mundial de Saúde estima que cerca de três mil pessoas se suicidam diariamente, muitas delas por causa da abusiva pressão do trabalho. O Le Monde Diplomatique de novembro do corrente ano denunciou que entre os motivos das greves de outubro na França, se achava também o protesto contra o acelerado ritmo de trabalho imposto pelas fábricas causando nervosismo, irritabilidade e ansiedade. Relançou-se a frase de 1968 que rezava: "metrô, trabalho, cama", atualizando-a agora como "metrô, trabalho, túmulo". Quer dizer, doenças letais ou o suicídio como efeito da superexploração capitalista.
Nas análises que se fazem da atual crise, importa incorporar este dado perverso que é o oceano de sofrimento que está sendo imposto à população, sobretudo, aos pobres, no propósito de salvar o sistema econômico, controlado por poucas forças, extremamente fortes, mas desumanas e sem piedade. Uma razão a mais para superá-lo historicamente, além de condená-lo moralmente. Nessa direção caminha a consciência ética da humanidade, bem representada nas várias realizações do Fórum Social Mundial entre outras.
[Autor de Proteger a Terra-Cuidar da vida: como evitar o fim do mundo, Record 2010].

* Teólogo, filósofo e escritor
                            Despedida à Nação Brasileira

Fonte: Site da Adital 
Em seu último pronunciamento Lula fez balanço dos oito anos de governo

Daniella Jinkings
Agência Brasil


Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez, na noite desta quinta-feira 23, seu último pronunciamento à nação como ocupante do Palácio do Planalto. Em um discurso de sete páginas, Lula apresentou um balanço de seus oito anos de governo.
Ao longo de seus dois mandatos, destacou ele, foram criados 15 milhões de empregos, o salário mínimo teve ganho real de 67%, a oferta de crédito alcançou 48% do Produto Interno Bruto (PIB) e as reservas internacionais somam quase US$ 300 bilhões, dez vezes mais do que quando assumiu o governo.
Lula afirmou que, durante seu governo, os investimentos na agricultura cresceram oito vezes e, com isso, cerca de 600 mil famílias foram assentadas. O presidente também salientou a importância de programas como o Minha Casa, Minha Vida, que construiu 1 milhão de moradias, e o Luz Para Todos, que levou energia elétrica a mais de 2 milhões de pessoas e 600 mil pequenas propriedades.
Em oito anos, disse Lula, os investimentos em educação foram triplicados e 214 escolas técnicas federais foram inauguradas. "Mais do que foi feito em 100 anos", afirmou. Além disso, 14 universidades e 126 campi universitários foram implantadas no país. O presidente também destacou o Programa Universidade para Todos (ProUni), que beneficiou 750 mil jovens de baixa renda.
Para Lula, durante seu governo houve "a maior ascensão social de todos os tempos". De acordo com ele, 28 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza e 36 milhões entraram na classe média. O presidente também ressaltou a quitação da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e afirmou que agora é o Brasil quem empresta dinheiro à organização internacional.
Com uma marca histórica, o presidente encerra seus oito anos de governo com 80% de aprovação (87% pessoal) e no próximo dia 1º de janeiro, ele transmitirá o cargo à presidenta eleita Dilma Rousseff. Segundo Lula, Dilma será uma presidenta "à altura deste novo Brasil".
"A minha maior felicidade é saber que vamos ampliar todas estas conquistas. Minha fé se alicerça em três fundamentos: as riquezas do Brasil, a força do seu povo e a competência da presidenta Dilma. Ela conhece, como ninguém, o que foi feito e como fazer mais e melhor".